Publicado: 10/04/2015 às 15:04
Por: COMUNICAÇÃO CBTP | Categoria: NOTÍCIAS CBTP

Damas e Juniores marcam presença na 1ª Etapa do Brasileiro de IPSC Handgun.

https://sistema.cbtp.org.br/images/stories/materias/2015/004/juliana2.jpg Uma competição envolvente, com muita adrenalina, desafios e obstáculos. Essas características atraíram mais de 400 atletas de vários estados do país para o Rio de Janeiro nos dias 27 a 29 de março, para disputar a 1ª Etapa do XXVIII Campeonato Brasileiro de IPSC Handgun 2015. A competição aconteceu na ATDC – Associação de Tiro Duque de Caxias.

Culturalmente, é natural que o fascínio pelo esporte de ação que utiliza a arma de fogo como instrumento seja mais frequente entre os homens adultos. Mas as damas e juniores (atletas com menos de 18 anos) estão descobrindo o Tiro Prático e se destacando cada vez mais nas performances em campeonatos como esse.

A maior parte dos competidores dessas categorias tem os pais ou os maridos como principais influentes e treinadores. O estudante Mário Batista, de 14 anos, vê a prática do tiro também como uma oportunidade de integração. “O que me levou a atirar foi a possibilidade de estarmos sempre juntos, eu, meus irmãos e meu pai, praticando um esporte em família. Inclusive tenho um irmão que pratica o tiro de carabina de ar desde os 7 anos”, afirma. A tenente Juliana Schutz, de 32 anos, também conta que apesar de já ser atiradora, só conheceu o esporte através do esposo. “Meu primeiro contato com armas ocorreu durante minha formação na Academia de Policia Militar, no ano de 2009. Em 2010, conheci meu marido, também policial militar e instrutor de tiro, o qual me apresentou ao Tiro Prático, que é totalmente diferente do tiro policial. Porém, desde o primeiro contato, me apaixonei e em 2012 passei a participar apenas Juliana Schutz competiu na divisão light e já conquistou vários títulos em outros campeonatos nacionais. Luís Otávio competiu na divisão Open de Campeonatos regionais, onde já coleciono muitas vitórias”.

https://sistema.cbtp.org.br/images/stories/materias/2015/004/Luis%20Otavio.jpg O Tiro Prático é considerado um esporte democrático, no qual todos competem juntos, explica Juliana. “Temos sim uma categoria própria, entretanto, no resultado geral dos campeonatos, o chamado ‘Overall’, competimos em grau de igualdade com os homens da nossa Divisão”. O mesmo é válido para os Juniores. Tendo em vista que a qualidade técnica dos adversários fez com que a diferença nos resultados do campeonato fosse mínima, Mário não vê isso necessariamente como um problema. “Dos mais experientes aos mais novos, todos me tratam com muito respeito, e sempre existe a troca de dicas e estratégias do que se deve fazer para melhorar o desempenho”, explica. O estudante e atleta junior Luís Otávio Camargo, de 17 anos, também se beneficia com a diferença de idades. “Não me sinto diferente, mas tenho ciência de que a maturidade e a experiências dos esportistas mais velhos fazem a diferença no rendimento. Me conforta saber que os mais experientes sempre estão dispostos a ajudar e a ensinar aqueles que iniciam no esporte. Isso é muito importante para o esporte, pois só o faz evoluir!”, conclui.

https://sistema.cbtp.org.br/images/stories/materias/2015/004/Estrela%20Isis.jpg A advogada Estrela Isis, que é atiradora e se interessa pelo esporte desde os 14 anos, se sente como uma minoria. “Não existem muitas mulheres treinando IPSC, e isso não é um fator favorável, já que não possuímos representantes em número satisfatório”, afirma.

“Na realidade são diversos fatores que vão desde a falta de estímulo de clubes, questões culturais, até limitações físicas ou psicológicas de algumas mulheres. Ocorre que muitas delas não se interessam por esse tipo de esporte, talvez por imaginarem ser violento ou até mesmo por achar que não conseguiriam suportar o recuo da arma, por exemplo”, conta Juliana. Apesar disso, nenhuma das duas atiradoras se Estrela Isis competiu na divisão Revolver sente deslocada ou diferente dos demais. “O esporte é igual para todos. É preciso treino, esforço e dedicação. É gratificante ter o privilégio de participar de um esporte com um nível de dificuldade alta e que exige tudo do atleta: concentração, precisão, rapidez, raciocínio rápido, destreza, força disciplina…Seria ótimo se o publico feminino tivesse mais participantes”, diz Estrela.

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