Ilmo. Sr. Editor do Jornal Extra,
A Confederação Brasileira de Tiro Prático, entidade devidamente filiada e reconhecida pelo Ministério dos Esportes, representante exclusiva no Brasil da modalidade denominada IPSC em nome da International Practical Shooting Confederation, organização esportiva internacional com sede no Canadá, responsável por regular entre mais de oitenta países a estrutura deste esporte, recebeu, com profundo pesar, cópia da coluna da Jornalista Berenice Seara, do dia 30/08/2008, intitulada “Tiro Ao Alvo”.
A mencionada Jornalista, em tom desdenhoso, teceu uma série de comentários, os quais, além de infelizes, são de todo errados, com bases equivocadas e naturalmente ofensivas contra o Capitão Celson de Barros Coutinho Mendes, atleta de destaque e méritos, tanto pessoais como profissionais e desportivos.
Este Atleta, Oficial da PMERJ, recebeu de sua corporação apoio, jamais privilégio.
O suporte ao desportista, prática consagrada pelas Forças Armadas, Polícias Federais, etc., é baseada em normas da corporação que de resto, seguem padrão de Lei Federal amplamente conhecida e respaldada por todas as pessoas que amam a atividade esportiva, Olímpica ou não. Aliás, tudo leva a crer que o lamentável texto da Colunista, já partiu exatamente deste equívoco, associando esporte não-olímpico com esporte não-oficial, quando ambos gozam do mesmo status, sem distinção ou prioridade, exatamente como acontece com o automobilismo, por exemplo, também um esporte não olímpico, mas, como o IPSC, relacionado como de “alta performance”. O World Shoot é a prova de maior destaque do calendário internacional e nada poderia ser mais importante e “oficial” do que estar entre os primeiros do mundo, como o Brasil tem conseguido, disputando com EUA, França, Alemanha, Bélgica, Holanda, Coréia, Chile, Canadá, Polônia e mais outras dezenas de nações, notadamente aquelas do chamado “Primeiro Mundo”.
O que solicitamos, Senhor Editor é justiça apenas. Correção do erro. Para o jornalismo, frente exatamente à ética jornalística, é dever e acreditamos que haverá correção. O Capitão Celson de Barros Coutinho Mendes destacou-se por mérito próprio com orgulho, tal e qual se destaca um ginasta e não merece ironia ou descaso de forma alguma. Merece elogio, homenagens entre seus pares e ao menos, o respeito de todos, especialmente de quem não o conhece. Quando vimos o seu nome citado por quem sequer tem noção sobre o quê escreve, como foi o caso desta “notícia” e seu autor, emitindo conteúdo de intenção nitidamente ofensiva e desprovido de qualquer sustentação dentro do que se acredita ser o jornalismo profissional, nasce a obrigação de reparar e é isto que rogamos a V. Sª seja feito logo. Não há quem não erre, mas não haverá estado de direito ou democracia que sobreviva sem a disposição de fazer o que é certo.
Atenciosamente
Heraldo Sergio de Oliveira Ribas
Presidente da Confederação Brasileira de Tiro Prático