CBTP marca presença na final do Campeonato Matogrossense de Tiro.
Rondonópolis é um município de Mato Grosso conhecido nacionalmente pelo excelente desempenho agropecuário. Localizada a 210 km da capital Cuiabá, a cidade foi a anfitriã da Final do Campeonato de Tiro de Mato Grosso 2016, realizado nesse final de semana (dias 18, 19 e 20/11). A Confederação Brasileira de Tiro Prático, representada pelo presidente Demetrius Oliveira, marcou presença na grande festa do tiro matogrossense.
A competição contou com 6 modalidades de tiro (IPSC Nível 3, Saque Rápido, Duelo aos Gongos, Silhueta Metálica, Trap Americano e Fuzil de Precisão), organizadas e supervisionadas pela equipe do Clube de Tiro Marechal Rondon. Na avaliação do presidente da CBTP, foi uma das melhores provas que ele, como atleta, participou esse ano. “Stages bem elaborados e montados”, resumiu.
Ao todo, foram mais de 40 dias para preparar a competição. O vice-presidente do clube, Paulo Wherner, ressaltou a emoção em sediar a etapa. “É uma honra estar recebendo essa final, mas nada seria possível se não tivéssemos uma equipe excelente e uma ótima diretoria, proporcionando um ambiente agradável e familiar”, disse ele.
O presidente da CBTP, Demetrius Oliveira, competiu como convidado e foi o campeão da divisão Open, com diferença de 18% do segundo colocado. Segundo ele, a estrutura do campeonato contribuiu para a conquista “O Clube de Rondonópolis tem total capacidade de receber uma etapa nacional”. Demetrius também destacou a presença dos fiscais militares, apoiando incondicionalmente o Tiro Prático.
Como é prática em competições de tiro, o Exército Brasileiro está sempre presente. Em Rondonópolis, a fiscalização dos competidores e equipamentos ficaram a cargo da equipe de Fiscalização de Produtos Controlados da 5ª Região Militar e do 18º Grupo de Artilharia de Campanha de Rondonópolis, sob o comando do Tenente Coronel Tarcilo. “A prova foi realmente muito bem montada e estruturada, o que já era esperado pois o Clube Marechal Rondon é conhecido por ser responsável em suas competições, e hoje nós pudemos comprovar isso” disse ele.
Atletas de Mato Grosso
A estrutura da prova foi realmente um ponto de destaque, como também afirmou o tricampeão estadual de IPSC da divisão Production, Carlos Alberto Molina “O clube e a Federação fecharam o ano com chave de ouro, com pistas de alto nível técnico”. Molina é competidor de IPSC desde 2011. Neste ano, além da conquista do tricampeonato em Mato Grosso, alcançou o bicampeonato nacional na categoria Policial, e terceiro overall, no Campeonato Brasileiro de IPSC Handgun 2016. Colocação que garantiu vaga na Equipe Mundial de ISPC, para o mundial que será realizado na França, em agosto de 2017.
Além do nível técnico, a tradição é sempre valorizada em Mato Grosso e representada pelos atiradores da divisão Revólver. O atleta Paulo Antonio Martins, foi um dos pioneiros na prática da modalidade. “Quando comecei a atirar, há 17 anos, o revólver não era muito reconhecido, não havia representação nas competições, somente treinos. Para competir era necessário ir a outros Estados como Paraná e Rio Grande do Sul. Hoje, os revolveiros, como são chamados no ambiente de Tiro, de Mato Grosso são atletas sempre presente no podium brasileiro. Como ocorreu na final do Campeonato Brasileiro de IPSC Handgun 2016, em Medianeira-PR, onde foram premiados os atletas Ricardo Luchese e Heder Moraes Pereira.
Em Mato Grosso, as mulheres também tem seu destaque. É o caso da competidora de Silhueta Metálica, Veronica Wegerman, que atira há quatro anos. Para ela, a participação da mulher é muito importante no cenário do tiro. “O universo do tiro ainda é predominantemente masculino, mas aos poucos as mulheres estão conquistando espaço e podium também”. Veronica, que tem o incentivo do marido, também atirador, sagrou-se Campeã Estadual na categoria 22 longa, e conquistou o terceiro lugar na categoria 38 longa.
Outro grande destaque em Silhuetas Metálicas é o atirador Edson Igarashi, campeão pelo 5º ano consecutivo na categoria 38 longa. “O segredo é o treino com alvos de papel, para verificar quando o tiro escapa. A maioria das pessoas treina com alvos de metal e assim não é possível aferir a precisão”, deu a dica.