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Relatório de atividades CBTP.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES CBTP
2008-2009
1.1 – A Estrutura – Brasil.

Nossa Entidade congrega Federações com abrangência deliberativa organizada sob influência da divisão política nacional, correspondendo o colégio destas entidades na base única que dá legitimidade à Confederação Brasileira de Tiro Prático. Desse modo, a união de clubes de tiro, em cada Estado brasileiro, corresponde a uma única Federação, com considerável autonomia, limitada apenas, no âmbito estritamente esportivo, pelos ditames do Estatuto da CBTP, o qual não é mais do que um resumo das vontades de todos nós, os atiradores.

Esta compreensão, a priori, sem nenhum segredo, traz consigo aspectos complexos entretanto, quando é posta em foco a dimensão do nosso País e suas nuances regionais.

 

1.2 – A Direção da CBTP – aspectos e filosofia.

A mencionada autonomia relativa de cada federação, embora bem definida pelos nossos Estatutos, não fugirá da influência ilimitada das relações humanas que a permeia. Assim, não se pode misturar a concepção administrativa inerente às entidades locais, com aquela peculiar de entidade nacional, sob nenhum aspecto.

Para a CBTP, cada Federação é observada com seus problemas, sua pujança ou sua fragilidade; apoiamos a cada uma, conforme pudermos, sem desfavorecer ninguém e ainda que aflorem ânimos ou atitudes para as quais discordemos, aceitamos o dissenso, nos limites, obviamente, dos parâmetros estatutários.

Com esta mesma política institucional, orienta a direção da CBTB os caminhos que trilha a Entidade quanto aos temas relacionados ao marketing a ser adotado, pois o conjunto dos resultados, positivos ou mesmo aqueles negativos, serão, prima facie, um reflexo direto das condições regionais. Um Estado rico tem mais chances de sucesso na “vida esportiva” que um estado pobre, assim como um Estado que tenha tradição no uso da arma de fogo, fornecerá à eventual Federação local bases consistentes para fazer o Tiro Prático brilhar. Exaltar os méritos da atividade como um todo, numa unidade, uma família, etc. é a forma correta de proceder, pois o valor de um calendário perfeito, bem premiado, para quem realmente ama o esporte e não apenas a vitória ou a autopromoção tem o mesmo significado e valor do que aquela estrutura que foi conquistada na medida do possível, muitas vezes contrariando condições locais de tal ordem adversas, que num curto torneio anual é justo celebrar pela sua existência como se fossemos selecionados para sediar outro campeonato mundial.

A CBTP representa a todos e esta concepção independe de simpatias pessoais.

Se tal espírito prevalecer, continuaremos conquistando espaços e crescendo, como tem sido até agora. Não existe e nem existirá nunca liderança entre as nossas vinte e duas Federações. A aceitação desta idéia, se por ventura desponta conceitualmente, nem como ambição pode ser avaliada, mas tão somente pela rasa inexperiência e desconhecimento de causa, já que existe o Tiro Prático, em última análise, como força nacional e internacional, em suas diversas modalidades, justamente porque equilibramos nossos movimentos, acertos e falhas, como num organismo qualquer, dividindo e compensando entre todos nós, os atiradores, a responsabilidade de participar como filiados, federados e confederados, de uma elite de desportistas de alta performance, sempre conscientes de que nossa maior meta é estar no estande praticando, muito antes de receber um troféu ou medalha, ser campeão estadual, nacional ou mundial. Dirigir a Confederação Brasileira de Tiro Prático é isso.

 

1.3 – A CBTP Internacionalmente.

Para o período 2008/2009 mantivemos o estreito contato com as entidades internacionais fundadoras e controladoras das modalidades de tiro as quais representamos com exclusividade no país.

  • IHMSA – International Handgun Metallic Silhouette Association;
  • IMSSU – International Metallic Silhouette Shooting Union;
  • IPSC – International Practical Shooting Confederation;

 

Este contato, usualmente desconhecido por ampla parcela dos atiradores confederados, representa um elo fundamental na razão primeira da existência da Confederação Brasileira de Tiro Prático.

Além de nos mantermos rigorosamente em dia com estas Entidades, tanto na questão meramente financeira – pagamento das anuidades – como no aspecto da observância minuciosa das normas das competições e suas atualizações, participamos ativamente das Assembléias-Gerais, realizadas em períodos regulares, enviando representantes credenciados para falar em nome do Brasil.

IPSC e o Brasil.
Estamos há alguns anos com assento permanente no Conselho Presidencial, um seleto órgão de assessoria que congrega tão somente os representantes dos nove países mais importantes que integram a INTERNATIONAL PRACTICAL SHOOTING CONFEDERATION.

Nossa participação nas Assembléias hoje acontece além do natural respeito, com considerável peso entre as mais de sessenta nações filiadas, em face do que efetivamente conquistamos em títulos, bem como pelo histórico de competições onde fomos os anfitriões, com o destaque especial para o Campeonato Mundial organizado pala CBTP, o XI World Shoot, em 1996, mencionado frequentemente pela IPSC Internacional como exemplo em organização e eficiência.

Octacampeões no ranking dos países filiados a IPSC, nossas conquistas no cenário internacional são completas, preparando os campeões das pistas e também fornecendo staff para a dinâmica do IPSC, como acontece com os quadros de arbitragem. Nas relações de árbitros de nível internacional, encontrar a bandeira brasileira não é mais uma coisa rara e trabalhamos para que isto se torne outra tradição, junto com as vitórias dos nossos atletas.

 

2.- As Ações Institucionais;

Não foi diferente, embora consideravelmente mais intensa, a programação institucional da CBTP no trato com órgãos públicos e outras instituições nos anos de 2008 e 2009. Exercemos parceria com as seguintes entidades principalmente:

Exército Brasileiro:

  • Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados;
  • Regiões Militares e seus SFPC´s subordinados;

Governo Federal:

  • Ministério dos Esportes;

Instituições Privadas:

  • Confederação Brasileira de Clubes – CBC;
  • Companhia Brasileira de Cartuchos – CBC;
  • Forjas Taurus;
  • Imbel;
  • STI International;

Exército Brasileiro
A CBTP repetiu no biênio 2008/2009 os procedimentos consagrados pela eficácia em períodos anteriores. O contato institucional deixou a informalidade para trás. Nossa atuação foi invariavelmente expressa para todos os assuntos importantes ao Tiro Prático, manifestada sempre por ofício dirigido ao Órgão competente dentro da estrutura do Exército Brasileiro, seguida de visitas previamente agendadas, notadamente os encontros com a Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados.

Dentre os nossos pleitos principais, fomos vitoriosos em:

  • Aumento de prazo de validade dos Certificados de Registro, de um para dois anos;
  • Abertura oficial de análise técnica para implementação do IPSC com armas longas, inclusa a liberação de novos calibres de uso restrito;
  • Expansão qualitativa e quantitativa dos insumos de recarga e munições disponíveis aos Atletas nas modalidades do Tiro Prático;
  • Adoção de critérios definidos e práticos para a regularidade na aquisição de insumos de recarga e munição por desportistas em competições oficiais reconhecidas no âmbito da CBTP;

Merece destaque a sistemática no acesso à insumos de recarga e munições por efeito de atividade precisa e constante da nossa Assessoria Executiva.

A regularidade com que estão disponíveis para os atletas federados e confederados estes necessários componentes para a manutenção de um alto nível competitivo não foi resultado de um trabalho meramente burocrático ou produto de uma única ação institucional, mas advém como a principal conseqüência da confiança mútua existente entre o Exército Brasileiro e a CBTP, conquistada em função de métodos confiáveis de repasse de material seguidos de minuciosas prestações de contas, sem erros, confusões ou omissões e passíveis de consulta a qualquer tempo pelos órgãos de fiscalização, auxiliando assim a nossa estrutura na consolidação dos esportes com armas de fogo como atividades exercidas com responsabilidade. A Confederação Brasileira de Tiro Prático detêm este status e dele não abriremos mão, esperando que as administrações futuras estejam cientes de sua responsabilidade nessa conquista.

Ministério dos Esportes
Com a chegada das normas de incentivo aos esportes de alto rendimento, houve premente exigência no sentido da sistematização dos procedimentos adequados para que eventuais ajudas financeiras aos atletas não restassem perdidas ou bloqueadas pela burocracia estatal. Em face de tal demanda, a integração entre as Assessorias da CBTP foi de vital importância. Elaboramos e aperfeiçoamos constantemente os métodos e modelos de ofícios e cartas disponibilizando-os na Administração da Confederação para qualquer atleta filiado que atenda os requisitos da lei para a inclusão no Programa Bolsa Atleta.

Sempre apoiados pela nossa Assessoria Jurídica, apresenta-se hoje o processo visando receber a ajuda disponibilizada pelo Governo Federal ao desportista competitivo praticamente resumido a uma mera questão de cumprir prazos, ficando esta importante tarefa, coordenada pela Assessoria Executiva, consagrada como uma demanda simples, de êxito freqüente.

Instituições Privadas

Como em todo o sistema de atividades pautadas pelo desejo de estabilidade com sucesso, buscamos na iniciativa privada as parcerias para tornar concretas as metas do desportista do tiro.

No país, fomos incisivamente ao encontro dos principais produtores de equipamentos, oferecendo e mostrando ao mercado o interesse dos atletas, uma constante positiva trocada por apoio material e técnico.

Estimulamos, na parceria com as Forjas Taurus, o desenvolvimento de mais uma opção aos desportistas, resultando na oferta da Pistola 24/7 no calibre .38 Super Auto.

Indicamos soluções para a melhor adaptação da arma aos desejos dos competidores e acompanhamos este processo, inclusive até a fase da sua liberação técnica junto ao Exército Brasileiro.

No mesmo sentido, implementamos contatos também com a Imbel, perseverando em apoiar o atleta que pretende competir com armas nacionais em ação simples. Priorizando a sinergia, valorizamos competições de alto nível, com o oferecimento de modelos especiais Imbel, fora de série, como as pistolas PANAM’06 e BRAIPSC’07

Nossa meta, em pleno curso, vislumbra condições de aquisição no mercado nacional dos produtos Imbel com uma sistemática menos dificultosa, se possível sem os percalços causados pelos compromissos da empresa no exterior.

Todo atleta competitivo tem em conta conhecer o que existir de melhor em equipamentos. Por força desta vontade, lugar comum especialmente entre os atiradores de ponta, abrimos portas, travando contatos profícuos com a STI International, culminando com a presença desta tradicional fábrica de pistolas de alto desempenho como uma das entidades de apoio ao XXII Campeonato Brasileiro de IPSC em João Pessoa. Competir com uma STI é hoje um sonho menos distante. Elas já estão entre nós e o acesso às informações para adquiri-las deixou de ser mistério, mas, muito ao contrário, uma opção para os atletas filiados.

Entre 2008 e 2009, somente vimos fortalecerem-se os laços com a Companhia Brasileira de Cartuchos – CBC, a principal fornecedora de insumos de recarga e munições do Brasil. Nossa parceria com a CBC traduziu o conceito de eficiência e regularidade na vida do atleta filiado ao sistema do Tiro Prático. Não mais faltam insumos ao competidor como outrora acontecia. O Atleta hoje pode deixar a sua conveniência mandar no período em que deseja adquirir qualquer produto autorizado CBC, pois tem uma ampla gama de datas e locais onde sua pólvora, ponta, munição, etc., estará a sua disposição, mediante um mínimo de burocracia. Isto não foi um trabalho fácil. Como já dissemos, foi uma tarefa complexa desenvolvida pela Assessoria Executiva da CBTP, da qual todos os atletas podem obter os benefícios.

A CBC, sensível ao desenvolvimento do esporte, nos ofereceu também seus préstimos para atender tecnicamente aos requisitos do IPSC, resultando em modificações de padrão em munições, as adequando aos rígidos fatores que adotamos, como ocorreu no calibre .38 Super Auto divisões Open e Production, e .40 S&W divisão Standard.

Unindo estes elos, figuramos como associados na Confederação Brasileira de Clubes – CBC.

Este modelo de união faz o esporte em geral ter força. Somos membros ativos de uma Confederação respeitada nacionalmente, auxiliando e apoiando as entidades esportivas com uma imensa variedade de informações, modelos de gestão e acesso à legislação, sobre tudo o que se refere ao universo esportivo.

Para nós atletas do tiro, ainda lutando muito contra a discriminação e o isolamento, pertencer à CBC trouxe mais um ponto de apoio importante para a nossa permanência e avanço no processo de conhecimento geral dos brasileiros de que o tiro é uma das atividades esportivas de sucesso, com admiráveis resultados positivos para o país, muito bem estruturada em qualquer das modalidades, olímpicas ou não-olímpicas.

 

3 – O Suporte ao Atleta, Clubes e Federações
A Representação Esportiva
Apoiar o Atleta competitivo!

Esta é a razão última de tudo o que planeja e com absoluto sucesso tem conseguido aprimorar a Confederação Brasileira de Tiro Prático. Se arrecadamos com superávit, sem tergiversar, é para melhor dar suporte às nossas Equipes que nos voltamos.

Os anos de 2008 e 2009 não foram fáceis economicamente para o país, como é de conhecimento geral. Mas a conjuntura jamais nos impediu de incrementar, mesmo na dificuldade, pouco mais que seja, a cada competição, o montante disponível para que o Atleta e o staff de apoio possam bem representar o Tiro Prático brasileiro.

Seja na Silhueta Metálica, seja no IPSC, foram dois anos de passos firmes nesse sentido.

Adotamos e assumimos a valorização do Chefe de Equipe para as importantes competições internacionais, destacando Atletas experientes para executar esta tarefa. Oferecemos, além do pagamento da sua inscrição na prova, estadia e ajuda de custo.

Aos membros das equipes, pudemos também oferecer a inscrição quitada mais ajuda de custo e unificando o montante, disponibilizamos suporte aos nossos árbitros selecionados.

Os Clubes e Federações
Foi no campo do apoio institucional que melhor pudemos dar sustentação às federações e clubes.

Embora tenhamos sistematicamente destinando a metade de toda a renda líquida originária da oferta de insumos e munições aos atiradores, para ser dividido entre os clubes e federações onde ocorrem os repasses, tais valores não estiveram no patamar do esforço o qual dispensamos na atividade indireta de informá-los e orientá-los para que estejam voltadas, ou se mantendo, num nível que auxilie efetivamente cada Estado da Federação a contar com ao menos um atuante braço do Tiro Prático.

Conforme já mencionamos em item anterior, são díspares as condições de implantação do esporte do tiro no território nacional. Nos orgulhamos daquelas federações que podem comemorar suas conquistas e saudável estrutura, mas por nenhum motivo haverá para estas últimas uma dedicação maior por parte da Administração da Confederação somente por tal razão. A autonomia que os nossos Estatutos propugnam, apontam para que tanto mais frágil exista alguma federação, algo mais por esta tentaremos fazer; mais atenção dedicaremos, visando sempre a “saúde” geral do sistema do Tiro Prático.

4 – Conclusão
Este foi o resumo das ações da nossa Entidade nos últimos dois anos.

Se não logramos ainda o grau de solidez, independência e eficiência que todo filiado com razão almeja, sabemos que apontamos e nos dirigimos inequivocamente para um futuro sempre melhor; cada dia que passa temos assistido novos valores surgirem e esta é a nossa maior esperança. Enquanto pudermos presenciar gerações se sucedendo nos “squads” vive a certeza de que nosso esporte do coração nunca perecerá. São trinta anos de luta e todos nós estamos de parabéns.
Rio de Janeiro, 14 de Janeiro de 2010.

Heraldo Sergio de Oliveira Ribas
Presidente da CBTP

 

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